Alternativa encontrada pelo Avaí em agosto, quando o clube catarinense decidiu romper o contrato de fornecimento de material esportivo com a Champs, a marca Fanatic vai seguir na equipe durante as duas próximas temporadas. A renovação foi acertada depois de a empresa ter sido aprovada em um acordo tampão de dois meses. O novo contrato com a Fanatic renderá entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões ao Avaí pelos dois anos. Assim como o acordo emergencial, o clube catarinense possui uma participação em decisões maior do que acontecia na época da Champs. ?Nós fizemos um contrato emergencial de dois meses porque ainda estávamos discutindo com a empresa anterior que nos vestia, mas sabíamos que a renovação aconteceria tranquilamente pelas condições em que as coisas estavam sendo efetuadas?, contou o presidente do Avaí, João Nilson Zunino. A partir da renovação com a Fanatic, Avaí e empresa trabalham agora em um projeto para ampliar a quantidade de produtos licenciados do clube. Há uma coleção com 1.500 itens atualmente, mas a meta da diretoria é dobrar esse volume até o fim de 2010. Com mais opções, a expectativa é triplicar ou até quadruplicar a receita oriunda dessa fonte. ?Anteriormente a receita disso era pífia. Trabalhamos com empresas importantes e nada acontecia. Hoje resolvemos fazer. Dentro do planejamento estratégico, resolvemos valorizar o licenciamento. Projetamos valores extraordinários?, disse o mandatário da equipe catarinense. Nos meses de contrato tampão com o Avaí, a Fanatic desenvolveu uma coleção apenas com peças básicas (uniformes e agasalhos, por exemplo). Uma das razões para o time ter apostado na sequência da marca é o tempo de resposta para aumentar o número de peças. Como está situada em Florianópolis, a empresa consegue agilizar a criação e a distribuição dos produtos. ?Eles fizeram uniformes também para Unisul e Cimed no vôlei, que é bem menos problemático, e vestem dois clubes na Argentina com outra marca do grupo. Fazem produtos, atendem a uma série de empresas de nome em nível internacional. Além disso, ainda temos agilidade em função do posicionamento. Somos capazes de ter material em dez dias, o que não ocorre com grandes marcas. Se você pedir qualquer alteração pequena em uma peça para uma companhia de porte, não consegue em menos de 90 dias?, finalizou Zunino. A distribuição de produtos foi exatamente o maior entrave na relação entre Avaí e Champs. O contrato do clube com a fornecedora inicialmente duraria até o fim deste ano, mas foi rompido em agosto porque a marca não conseguia atender as lojas e a própria equipe.