“Como o nosso rival está bem na Séria A do campeonato, fica mais difícil de as empresas investirem na gente”. O dono dessa frase é Renan Vieira, presidente do Fortaleza, que lamentou o bom momento vivido pelo rival Ceará. O conceito, no entanto, é rigorosamente contrário às expectativas do Bahia, que subiu à Serie A após sete anos.
Após conseguir o sucesso almejado na Série B, os dirigentes do Bahia agora torcem pela permanência do rival Vitória, em corrente que diverge do Fortaleza e de outros times. O Figueirense, por exemplo, é outro que lamentou a situação superior em que está o Avaí.
O drama vivido por esses dirigentes está na ideia de que o clube perde investidores locais quando estão em uma situação que difere do seu principal adversário. No caso de Fortaleza, por exemplo, os dois rivais deixaram de ter os mesmos patrocinadores quando se distanciaram, com o Ceará exigindo um maior valor devido à sua exposição da Série A.
Para o diretor de marketing do Bahia, Sacha Mamede, esse conceito é um erro. “O Bahia defende o nordeste unido por verbas mais justas”, afirmou o diretor, lembrando o abismo que existe entre os valores de patrocínio oferecidos a clubes da região com os clubes do sudeste.
O Bahia entende que um número maior de times do nordeste na Série A poderia fortalecer o futebol na região, atraindo mais investidores, ao invés de dividir as atenções das empresas interessadas. Atualmente, apenas dois times da região estão na divisão principal: Vitória e Ceará. Além do êxito do Bahia, o Sport mantém chances reais de subir em 2010.
Caso o Vitória permaneça na primeira divisão do futebol nacional, o Bahia mantém o desejo de ter o clássico local como uma das maiores atrações do ano. “Com o Ba-Vi na Série A, nós queremos fazer a maior festa do Campeonato Brasileiro”, afirmou Mamede.