A crise da MP&Silva fez a agência contratada pela Conmebol para comercializar a Copa América sofrer mais um baque. Dessa vez, foi a Liga de Basquete da Espanha (ACB) que rompeu o contrato de oito anos que garantia à agência a venda dos direitos de mídia do torneio.
Diferentemente de outras ligas que estavam sem receber da agência, a ACB tinha os vencimentos em dia, mas decidiu, estrategicamente, comercializar por conta própria os direitos de mídia da competição.
“Uma nova etapa na comercialização dos direitos internacionais começou. Estamos assumindo diretamente tanto as negociações quanto a administração dos operadores dos diferentes territórios”, afirmou a Liga ACB, em um comunicado oficial.
Com a nova estratégia, a temporada 2018/2019 da Liga ACB, que tem início nesta quinta-feira (27), será vista em 140 países. Além de aumentar a receita, a liga acredita que está melhorando a cobertura. Os novos contratos têm, em sua maioria, duração de vários anos, muitos até a temporada 2020/2021.
Na Europa, uma estratégia de personalização foi realizada na venda de direitos de televisão, apenas com importantes acordos geográficos, como na área que compreende Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein e Luxemburgo, onde a liga será vista pelo DAZN (plataforma de streaming da Perform), ou nos países da região dos Balcãs, onde será assistida via Arena Sport.
Já na América Latina e no Caribe, haverá o Fox Sports Latin America, enquanto nos Estados Unidos o acordo é com a Eleven Sports Network. Por último, a Liga ACB será vista no Oriente Médio e norte da África na Sharjah TV, e no resto da África via Fox.
A MP&Silva tem sofrido com a derrocada dos investidores chineses que se tornaram donos da empresa. Em pouco mais de um mês, o Arsenal, a Federação Internacional de Handebol (IHF, na sigla em inglês) e a Scottish Professional Football League (SPFL), liga profissional de futebol da Escócia, romperam seus contratos com a agência.
Além disso, no final de julho, a Lega Serie A, que faz a gestão da primeira divisão do futebol italiano, entrou na justiça contra a MP&Silva por direitos não pagos no valor total de 38 milhões de euros (cerca de R$ 180 milhões).
Vale lembrar, no entanto, que o contrato da Conmebol para a comercialização da Copa América, porém, continua em vigência.