A mudança no sistema de escolha do melhor jogador do mundo da Fifa pode repercutir também no mercado editorial. A entidade comprou da revista “France Football” os direitos sobre o nome “Bola de ouro”, premiação que a publicação entregava desde 1956 para o atleta top do futebol europeu. Com isso, a direção do veículo já cogita até ampliar seu alcance.
A possibilidade é uma mudança radical de foco para a “France Football”, que vinha enfrentando situação financeira complicada. A Fifa não divulgou o montante investido na aquisição da “Bola de ouro”. Em entrevista coletiva, a instituição não confirmou sequer ter gastado algo com a nomenclatura.
Quando a “Bola de ouro” pertencia apenas à “France Football”, tratava-se de uma premiação referente ao futebol europeu, foco da revista. Após a associação com a Fifa, a cerimônia passará a ter caráter mundial. A eleição será feita por capitães e treinadores das seleções, como era feito o pleito da entidade, e somará sufrágios de jornalistas, como acontecia na versão da publicação.
Com o novo formato, a “France Football” terá um produto mundial a despeito de cobrir apenas o futebol europeu e de ser publicada somente no Velho Continente. Por conta disso, a direção da revista se mostra empolgada com a chance de ampliar seu mercado.
“Pensamos, sim, em levar a revista a um número maior de países. Achamos que a premiação pode ser uma boa porta de entrada para isso, mas essa é apenas uma ideia até o momento”, disse Marie-Odile Amaury, dirigente do Amaury Groupe, dono da “France Football”.