O Cruzeiro costuma entrar em campo cercado de crianças; o clube já chegou a colocar 200 jovens para acompanhar os atletas do time no momento de pisar o gramado. Contra o Bahia, no entanto, não foi bem assim. O clube recebeu uma notificação da Federação Mineira de Futebol afirmando que teria de limitar a ação.
O pedido foi feito pela CBF, que tem tentado impor uma série de normas para organizar a área de jogo do Campeonato Brasileiro. Agora, há um limite de crianças: 22. O Cruzeiro costumava escolher as crianças em quatro portões no Mineirão, sem preocupação com o número de jovens para entrarem em campo. A diretoria não divulgou qual será o novo critério.
A entrada é bastante comum no Brasil. Praticamente todos os clubes aproveitam a chegada do time ao gramado para colocar uma série de crianças, sejam torcedores ou membros de escolinhas. A foto abaixo, por exemplo, é de um jogo do Atlético-MG, ainda no primeiro turno do Campeonato Brasileiro deste ano, antes da imposição do limite de mascotes pela CBF.
Dirigentes consultados pela Máquina do Esporte estranharam a decisão promovida pela entidade, mas estão acatando à nova ordem, que faz parte de um pacote de mudanças que a CBF tem feito para tentar melhorar a qualidade dos jogos do Brasileirão.
A princípio, os protocolos da CBF abrangiam a atuação da imprensa; as regras passaram a valer na rodada deste meio de semana. Há um limite de repórteres em campo e limitação de cobertura em campo para apenas emissoras que detém direitos de transmissão. Quanto à entrada dos times, o foco era no tempo entre a entrada e a execução do hino nacional.