O Vitória já definiu a empresa que vai substituir a Champs como sua fornecedora de material esportivo. E a nova parceira do clube rubro-negro é, curiosamente, a mesma Champs. As duas partes já alinhavaram um acordo, com valores 20% inferiores aos que estavam no documento do início desta temporada. O vínculo anterior entre Vitória e Champs foi rescindido unilateralmente pela equipe, que estava insatisfeita com atrasos no pagamento e problemas na distribuição. O novo acordo faz parte de uma reestruturação da empresa, que mudou radicalmente as diretrizes desde o início da temporada. Ao contrário dos 19 clubes para os quais a Champs fornecia uniformes no começo de 2009, o Vitória passará a ser o quarto patrocinado pela marca (os outros são Guarani, Bragantino e São Caetano). E o clube baiano deve ser, entre esse grupo, o que terá tratamento em um patamar mais alto. ?Nós tínhamos 19 clubes no Brasil no início do ano, quando a Adidas tinha apenas dois e a Nike também tinha dois. Isso não fazia sentido?, disse César Borel, gestor da Champs, explicando o porquê de a marca priorizar uma relação mais próxima com um número menor de clientes a partir da próxima temporada. A lógica também vale para os valores dos contratos. ?Acertamos com o Vitória por um valor menor, mas dentro da nossa realidade?, completou o executivo. Além da mudança na política de patrocínios, a Champs passou por uma reestruturação contundente em sua produção. Depois de ter enfrentado uma série de problemas com o abastecimento de lojas nesta temporada, fator que contribuiu para acirrar o relacionamento da marca com clubes como Avaí, Náutico, Vasco e o próprio Vitória, a companhia segmentou sua produção. Desde setembro, uma confecção do Paraná produz peças para comercialização em pontos de venda, enquanto a fábrica de São Caetano do Sul cuida apenas do fornecimento para os clubes. ?Estamos vivendo um momento positivo de novo?, relatou Borel. Segundo ele, a empresa saiu de um déficit no início do ano e no momento está ?quase voltando a trabalhar no azul?. A estratégia da Champs para o novo contrato com o Vitória deve ser traçada em reunião marcada para a próxima semana. Até lá, detalhes do acordo serão mantidos em sigilo. Procurada pela reportagem da Máquina do Esporte, a diretoria do clube baiano não foi encontrada para comentar a negociação. Depois do rompimento com a Champs, o Vitória esteve muito perto de fechar com a Givova, marca italiana que usaria o clube como porta de entrada no futebol brasileiro. No entanto, a empresa só deve começar a operar no Brasil em 2010, o que levou a equipe rubro-negra a conversar com outras marcas. Penalty e Olympikus também chegaram a conversar com o clube.