Bombardeada desde o início do ano por críticas a respeito dos sucessivos atrasos no envio de material esportivo e, mais recentemente, até nos pagamentos, a Champs quebrou o silêncio e apontou uma suposta sabotagem como causa dos problemas. O obstáculo, segundo a dona da empresa, poderia ter sido imposto até mesmo por uma das rivais de mercado. ?Tive funcionários assim na logística, na produção, no financeiro e em outras áreas também. Foram achados, atrás dos rolos de tecido, sacos e sacos de camisas escondidas. Pelo que eles falaram, uma pessoa veio e procurou alguns para sabotar a Champs?, disse Mari Leandrini, sócia da Leandrini Confecções, responsável pela marca. As complicações teriam começado em janeiro, atingindo o seu ápice em fevereiro, mês de maior prejuízo para a Champs. Após desarmar a suposta tentativa, a empresa promete colocar a produção em dia para manter seus contratos com os clubes, que já ameaçam com a possibilidade de rescisão após a atitude da Ponte Preta. ?Estou iniciando o meu trabalho e estou passando por problemas, que vão ser sanados. Por isso, quero pedir um pouco de confiança para todo mundo. A logística está começando a ficar em dia. Quero pedir desculpas a todos os torcedores que não encontraram as camisas de seus clubes nas lojas?, disse Leandrini. A executiva não admite, no entanto, uma mudança de rumo no planejamento traçado no segundo semestre de 2008. Logo após fechar com o Vasco por R$ 6,5 milhões anuais, a Champs cogitou crescer consideravelmente com os novos contratos. Apesar de concordar que houve mácula na imagem da empresa, Leandrini entende que pode recuperar o espaço. ?Ela começou arranhada esse ano, mas sempre foi bem vista. Esse ano ele teve um estouro, e aí teve esses problemas. Isso é natural, se apaga naturalmente. Vou mudar isso com o meu trabalho, fazendo os procedimentos normais?, concluiu