Tite não pode dizer que não está acostumado às câmeras. Ídolo do Corinthians, o treinador foi porta-voz do clube em diversas campanhas da equipe. Mas, entre marcas, ele ainda engatinha. O que certamente irá mudar até a Copa do Mundo de 2018.
Com menos de um ano para o Mundial da Rússia, a Samsung apresentou Tite como embaixador. O treinador poderá representar produtos de todos os segmentos da marca que, curiosamente, rompeu patrocínio com a CBF em 2016. Neste ano, a companhia chegou a afirmar que focaria apenas em esportes amadores. De certa forma, o técnico da seleção brasileira não entra como “alto-rendimento”, mas como celebridade do momento.
“Procuramos alguém que refletisse o espírito inovador da Samsung e a paixão pelo que fazemos. Tite é um vencedor que não se acomoda na liderança e isso reflete nossa postura como empresa, de sempre ir além. Essa parceria tem tudo para ser um grande sucesso”, afirmou a diretora de marketing da Samsung, Andrea Mello, em comunicado.
Tite ocupa um espaço que, em 2016, ano de Jogos Olímpicos, foi de Bernardinho. Assim como acontecerá com o treinador de futebol, o agora ex-técnico da seleção de vôlei masculino esteve em campanhas publicitárias da marca.
Em vídeo para anunciar a parceria, Tite mostrou tom de discurso próximo ao que ele costuma fazer em campo e em entrevistas coletivas. “Em breve vocês saberão porque a parceria entre Samsung e Tite é mais jogo”, afirmou o treinador.
Tite aproveitará até a Copa o status de ídolo que técnico da seleção costuma ter. Luiz Felipe Scolari é o melhor exemplo dessa força. Após a conquista da Copa das Confederações, o treinador passou a ser um dos membros da seleção mais cobiçado pelo mercado publicitário. Após parceria com Ambev, Gillette e Peugeot, apenas David Luiz e Neymar apareciam mais na televisão.
Ambev, por sinal, já tinha contado com Scolari em 2002 e com Carlos Alberto Parreira, antes da Copa de 2006.
Nem mesmo os treinadores menos badalados escapavam do avanço das marcas. Foi assim como Mano Menezes, que nunca foi unanimidade, e mesmo assim foi garoto-propaganda da Kaiser. Dunga, em seu retorno ao time brasileiro, viveu sob constantes críticas. Ainda assim, foi o rosto da Chevrolet na televisão, quando a empresa patrocinava a CBF.