Na última semana, a Fifa fez dois comunicados em tom de alerta à África do Sul sobre a Copa do Mundo de 2010: solicitou alterações no plano de marketing e reclamou da concentração de pedidos de ingressos entre os torcedores de outros países. Contudo, esses avisos não fizeram o Brasil antecipar a programação de promoção para o Mundial seguinte. O que acontece é exatamente o contrário. Diante dos problemas no planejamento de comunicação da África do Sul e da iminência do próximo Mundial, o comitê organizador da Copa de 2014 resolveu silenciar. A promoção só será intensificada após o término da próxima edição do torneio. ?Nós temos um projeto sólido, mas só começaremos a trabalhar em cima dele quando terminar a Copa de 10. Antecipação maior não existe?, resumiu Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do comitê organizador. A explicação básica para a morosidade atual dos brasileiros é evitar a criação de uma pressão sobre a África do Sul. O país-sede da próxima Copa do Mundo enfrenta muitos problemas com atrasos de obras e a ausência de um clima voltado ao torneio, segundo a própria Fifa. Para Ricardo Teixeira, porém, esses problemas são comuns no atual estágio: ?Basta vocês lembrarem da Copa do Mundo da Alemanha. O país ainda era um canteiro de obras um ano antes, quando foi realizado o sorteio. E o sorteio para a Copa de 14 acontece apenas em 13?. Além de evitar rusgas com a África do Sul, o discurso de Teixeira representa um aviso sobre o andamento das iniciativas voltadas ao Mundial de 2014. O dirigente tem procurado demonstrar que as obras e promoções serão feitas dentro de um cronograma rígido, sem muita antecipação. ?A Fifa é uma entidade que já fez várias Copas e está acostumada com a evolução. Eles estão fazendo agora a da África do Sul, farão a do Brasil e recentemente fizeram a da Alemanha. Confio muito no projeto?, sentenciou o dirigente.