Embora não admitido oficialmente, a Copa do Mundo do Qatar, em 2022, é o grande mico que a Fifa terá que segurar nos próximos oito anos. As polêmicas vêm de toda parte.
Investigações conduzidas pelo advogado Michael Garcia teriam apontado corrupção no processo de escolha do Qatar. A Fifa resolveu manter o relatório em sigilo.
A lama em que a entidade se meteu já fez Sony e Emirates, dois de seus patrocinadores, abandonarem a federação. Coca-Cola, Adidas e Hyundai, que mantêm seus acordos com o futebol, pressionaram a Fifa para que não remova a sujeira para baixo do tapete.
As obras de infraestrutura, fundamentais para um país sem tradição no esporte, são outro alvo de controvérsia. Há denúncias constantes de trabalho escravo de imigrantes. Acidentes nas obras já teriam matado até 4.000 operários nas edificações. Não há estatística oficial.
A controvérsia que cresce ultimamente é como submeter os jogadores a atuar sob temperaturas que atingem até 50ºC durante o verão. A alternativa é realizar o Mundial no início ou no final do ano. As grandes ligas europeias pedem o torneio em maio, o que não aliviaria muito o desgaste dos jogadores. Já o Comitê Olímpico Internacional pressiona para não ser em fevereiro, o que concorreria com os Jogos de Inverno, marcados para o mesmo ano.
Ganhe quem for o primeiro Mundial disputado no Oriente Médio, a Copa de 2022 já tem um perdedor: a Fifa.