Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil também receberá campanhas e ações que se baseiam na relev”ncia que a competição possui. Um exemplo é o projeto internacional ?União contra a malária?, que montou um plano específico para o torneio deste ano e já tem planos para levar as iniciativas ao país sul-americano. A campanha contra a malária é feita em esforço conjunto por organizações de cunho social, governos e empresas. Atualmente, 44 companhias do setor privado apoiam o projeto em “mbito global. O planejamento também se aproximou do esporte. Em 2009, por exemplo, o Barcelona dedicou sua pré-temporada a uma campanha para erradicar a malária dos Estados Unidos. A MLS, liga de futebol do país norte-americano, possui um programa de educação sobre a doença em todas as cidades que sediam partidas. Além disso, o projeto possui apoios individuais de atletas, como Kolo Touré (Manchester City), Yaya Touré (Barcelona) e Landon Donovan (Los Angeles Galaxy). No último domingo, em apresentação realizada em Johanesburgo, houve uma entrevista coletiva com o ex-centroavante camaronês Roger Milla. A meta da fundação encarregada pelo projeto é usar imagens de times e atletas para ensinar sobre a prevenção e o tratamento da Malária. Os responsáveis pela iniciativa ainda pretendem arrecadar fundos para ajudar infectados na África, onde a doença mata um milhão de pessoas a cada ano e lidera estatística de motivos para faltas nas escolas (tanto para alunos quanto para professores). Por matar uma criança a cada 30 segundos na África, a malária custa US$ 12 bilhões por ano à economia do continente. Neste ano, a ?União contra a malária? pretende amealhar ao menos US$ 1 milhão com a venda de braceletes coloridos ? até 2010, a entidade já comercializou 350 mil unidades. ?Essa campanha que estamos divulgando aqui não é importante apenas na África do Sul, mas em todo o continente. A Copa do Mundo nos dá uma oportunidade incrível de usar o futebol para falar sobre a malária, que é algo muito sério. Vamos fazer um jornal sobre a Copa e distribuir em países africanos, por exemplo. Em muitos lugares, as pessoas não têm como comprar um jornal e terão acesso gratuito a uma foto de seus ídolos. Também faremos palestras a equipes de base?, contou Hervé Verhoosel, diretor de relações internacionais do projeto. Em fevereiro deste ano, a Fifa permitiu que o projeto fosse apresentado em congresso da entidade. A partir disso, a responsável pelo futebol mundial decidiu apoiar integralmente a campanha de combate à doença. ?Nós pensamos no longo prazo, e não apenas na Copa do Mundo. É lógico que temos uma grande oportunidade de falar às pessoas agora, mas queremos manter as iniciativas depois da Copa e já temos planos inclusive até o Mundial do Brasil?, completou Verhoosel, que não quis detalhar essas ações. No dia 7 de junho, a seleção brasileira já participou de uma ação de combate à malária. O time dirigido por Dunga e a seleção da Tanz”nia dedicaram um amistoso realizado na Tanz”nia à campanha contra a doença.