O Corinthians disputará em dezembro deste ano o Mundial de clubes da Fifa, que será realizado no Japão. No entanto, o principal foco do clube alvinegro no mercado asiático é outro país. Depois da contratação de Zizao, escolhido pela comissão técnica após uma iniciativa do departamento de marketing, a diretoria busca parceiros para viabilizar a criação de um programa de TV sobre a equipe na China.
A ideia é fazer um programa semanal de meia hora, dividido em três blocos. A primeira porção mostrará gols e detalhes sobre o desempenho do Corinthians na semana, a segunda será focada em Zizao e a terceira apresentará um pouco sobre a história do clube.
O Corinthians já tem horário na TV Guandong para exibir o programa. Para viabilizar a iniciativa, contudo, o time alvinegro precisa encontrar investidores – o custo mensal gira em torno de R$ 150 mil, conta que será paga pela equipe.
“Estamos em busca de empresas chinesas que estão no Brasil para que elas patrocinem o programa”, confirmou Luiz Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, que fala em lançar o programa na China ainda em 2012.
O país asiático, aliás, tornou-se a maior aposta de Rosenberg. O dirigente foi um dos palestrantes do Brasil Sport Market, realizado em São Paulo na última segunda-feira. Ele apareceu trajando paletó preto, e na lapela havia um broche com as bandeiras de Brasil e China.
Rosenberg também citou a China em uma série de respostas. O país apareceu quando o dirigente falou, por exemplo, sobre os planos para aproveitar Zizao. Contratado no início do ano, o jogador sofreu uma série de lesões e ainda não estreou.
“Fisicamente falando, eles são muito fracos. Os chineses não têm preparo para o futebol, e é claro que isso é um assunto em que nós podemos contribuir”, explicou o executivo alvinegro.
O programa de TV é apenas mais uma etapa na aproximação entre Corinthians e China. O time alvinegro contabiliza ter recebido oito eventos dos asiáticos em 2012. Além disso, Zizao foi convidado pelo governo para duas viagens à nação de origem.
Na próxima semana, uma comitiva chinesa vai visitar as instalações do Corinthians. “Precisamos pensar que estamos falando de um país extremamente fechado, que aos poucos está se abrindo para nós”, pontou Caio Campos, gerente de marketing da equipe paulista.
Outra ideia do Corinthians é estabelecer um interc”mbio esportivo com os chineses. Em troca de expertise e profissionais para o futebol, os asiáticos podem enviar, por exemplo, metodologias e treinadores para o tênis de mesa.