O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, confirmou nesta segunda-feira que a construtora Odebrecht será a principal artífice do novo estádio do clube alvinegro. O dirigente esteve no terreno em que a obra será construída, em Itaquera, para acompanhar uma comitiva formada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e pelo governador do Estado, Alberto Goldman. No encontro, o dirigente alvinegro admitiu que existe um acordo para que a empreiteira fique com o naming right da arena.
A construção do estádio do Corinthians está orçada entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões. A Odebrecht se encarregará de fazer a obra, e em troca terá direito de prospectar empresas interessadas em explorar o nome do estádio. Se a construtora conseguir, ficará com o faturamento advindo dessa propriedade – o tempo de exploração não foi confirmado pela diretoria, mas oscila entre dez e 15 anos.
Se a Odebrecht conseguir um contrato que extrapole o montante investido na construção do estádio, o lucro é da construtora. Depois desse primeiro período, o direito de explorar o nome da arena voltará a ser do Corinthians, que terá autonomia desde o início na gestão do espaço.
Além do acordo com a Odebrecht, Andres Sanchez revelou que o Corinthians precisará ressarcir a empreiteira depois de um período de “quatro ou cinco anos” caso a empresa não consiga vender o naming right. Até por conta disso, a diretoria alvinegra também vai participar da prospecção.
Na última sexta-feira, prefeitura e governo de São Paulo emitiram nota conjunta, assinada também pelo comitê organizador local (COL) da Copa do Mundo de 2014, dizendo que o novo estádio do Corinthians será palco da abertura do torneio. A arena será erguida em Itaquera, em terreno que já é explorado pelo clube.
A diretoria do Corinthians calcula que o estádio terá um impacto imediato de pelo menos R$ 50 milhões por ano no faturamento do clube, valor que não contabiliza a exploração do nome. A ideia da cúpula alvinegra é obter essa receita apenas com espaços comerciais, camarotes e bilheteria.