Quem vai pagar a ampliação do estádio corintiano? Essa é a questão que tem sido repetido desde a última segunda-feira, quando autoridades de São Paulo garantiram que a abertura da Copa do Mundo será no futuro estádio corintiano. O problema é que até o momento ninguém se responsabilizou pelo orçamento do novo projeto. No entanto, o diretor de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, deu a dica na manhã desta terça-feira.
Segundo o diretor, o poder público tem uma situação clara nas mãos: o estádio do Corinthians é a única opção de a cidade receber a abertura da Copa do Mundo. E abrir mão do evento significaria perder uma receita significativa. Para Rosenberg, o primeiro jogo do Mundial é mais importante do que a sua final, que acontecerá no Rio de Janeiro.
“Antes eu tinha a imagem de que a final era mais importante. Mas era a imagem futebolística e tosca, não a imagem de um diretor de marketing”, afirmou Rosenberg. O raciocínio é que a abertura é o momento em que todos os países ainda estão empolgados com o evento, quando a cidade recebe turistas de todo o mundo.
A estimativa do ganho ainda é difícil de ser calculado. Mas Rosenberg garante que o faturamento da cidade deve passar do bilhão caso receba a abertura. O diretor não falou diretamente, mas deixou nas entrelinhas que o investimento do Estado que garantisse a primeira partida em São Paulo traria retorno a toda população.
O valor procurado está focado em duas partes: na ampliação das arquibancadas e na área livre para imprensa e empresas no entorno do estádio. Nessa segunda adversidade, Rosenberg afirmou que a negociação acontece com a Fifa, que deverá arcar com os custos de uma área destinada exclusivamente à Copa do Mundo.
O grande trunfo do terreno em Itaquera é o amplo espaço ao redor do estádio, que a Fifa poderá usar para colocar equipamentos de imprensa, por exemplo. Se o que for instalado estiver fora da área do estádio, ou seja, em terreno da prefeitura, a Fifa deverá arcar com os custos de instalação da infraestrutura. “Quanto mais jogar para fora e em cima dela, melhor”, resumiu Rosenberg, explicitando a ideia do Corinthians.
Receber a abertura da Copa do Mundo pode dobrar o que o clube pagará para ter o seu próprio estádio. A arena em Itaquera, para 48 mil pessoas, deverá ficar entre R$ 300,00 e R$ 350,00 milhões. Adaptá-la para o Mundial joga o valor para R$ 400 milhões. Para receber o primeiro jogo, ess quantia pode chegar a R$ 600,00 milhões, algo que o Corinthians não irá arcar.
A nova arquibancada será permanente. Atrás dos gols, um novo anel será construído, sem chegar à cobertura, que terá um vão mantido, mas menor do que o projeto original. Parte da área das cadeiras na linha lateral também deverá ser estendida. A nova capacidade ficará entre 65 e 70 mil pessoas, dependendo das exigências da Fifa.