Propalado pela diretoria alvinegra como o maior do país, o contrato de patrocínio da Batavo ao Corinthians ainda gera polêmica. O principal motivo: ficou aquém dos R$ 30 milhões, valor especulado como a ambição do clube paulista. Contrariando essa lógica, o presidente da equipe do Parque São Jorge, Andres Sanchez, comemorou um montante que cumpre sua previsão orçamentária. Segundo Sanchez, o Corinthians sempre trabalhou com uma meta de R$ 20 milhões com patrocínio de camisa nesta temporada. Além dos R$ 18 milhões da Batavo, o mandatário contabiliza a receita arrecadada com apoios pontuais em 2009 ? o clube teve sete empresas diferentes em seus uniformes apenas neste ano. ?O Corinthians nunca disse que esperava R$ 30 milhões. Pensamos apenas em R$ 20 milhões, valor que foi colocado no nosso orçamento. E nós conseguimos isso se contarmos os patrocínios temporários que tivemos neste ano?, comemorou Sanchez. Os R$ 30 milhões tornaram-se representativos porque essa era a meta que a diretoria do São Paulo trabalhava no ano passado, em conversas reservadas. Sanchez chegou a dizer que andaria nu se o clube rival encontrasse um patrocinador disposto a pagar tal montante. ?Se o São Paulo tivesse fechado com alguém por R$ 30 milhões, certamente teríamos atingido o mesmo valor?, argumentou o diretor de marketing do Corinthians, Luís Paulo Rosemberg. A projeção ousada da diretoria tricolor, contudo, foi atrapalhada pela crise financeira internacional. Esse também foi o argumento utilizado constantemente pelo Corinthians para o tempo que o clube demorou até encontrar um patrocinador para o lugar ocupado pela Medial em 2008 ? a empresa de planos de saúde desembolsou R$ 16,5 milhões por esse espaço nas camisas alvinegras. ?Sofremos muito. Houve um período de muita tensão, de muita luta, mas respondemos com o maior patrocínio do Brasil?, respondeu Rosemberg, em tom de discurso. Além dos R$ 18 milhões obtidos com a Batavo, o Corinthians tenta ampliar a receita oriunda de patrocinadores. O clube alvinegro tem contratos prontos com duas empresas, ainda não divulgadas, para venda de espaços nas mangas e nos calções de seus uniformes. Os valores giram em torno de R$ 7 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente.