Os patrocinadores da seleção francesa de futebol ainda não aceitaram o que aconteceu com o time na Copa do Mundo deste ano. Após o elenco ter ruído e escancarado grave crise durante a participação no torneio, as empresas que investem na equipe podem se unir para criar um comitê e aumentar a pressão sobre o grupo.
A ideia dos patrocinadores é formar uma aliança para discutir com a Federação Francesa de Futebol (FFF). O grupo teria mais poder de exigir comportamentos adequados às necessidades de investidores e ainda poderia organizar a cessão de cotas a cada uma das marcas.
A seleção francesa de futebol somou apenas um ponto na Copa do Mundo de 2010 e foi eliminada no grupo A. Mais do que isso, as três partidas da equipe europeia no torneio foram suficientes para aflorar uma série de problemas. O atacante Nicolas Anelka foi dispensado após xingar o técnico Raymond Domenech, o capitão Evra discutiu com o preparador físico, jogadores se recusaram a treinar e entrar em campo e o chefe da delegação pediu demissão.
Em meio a tudo isso, o presidente da França, Nicolas Sarcozy, chegou a enviar a ministra do Esporte do país para a África do Sul. A intervenção foi condenada pela Fifa, que não tolera ingerências políticas nas decisões relacionadas ao esporte.
Entre a crise em campo, as constantes polêmicas e a pressão da Fifa, a seleção francesa foi abandonada pelo banco Credit Agricole SA, que decidiu romper seu contrato com a FFF em função dos problemas. A companhia de energia GDF Suez também fez ameaças públicas de abandonar a equipe.
A GDF Suez paga algo em torno de 2,5 milhões de euros por ano à FFF. A empresa e o supermercado Carrefour são os dois principais investidores da seleção francesa, e as duas empresas devem capitanear o grupo formado por patrocinadores da equipe.
“Obviamente, o que aconteceu não é nada bom para nós. Vendemos nossa imagem com a seleção francesa de futebol”, disse Gérard Mestrallet, conselheiro-delegado da GDF, ao jornal “La Tribune”.