Enquanto o bate boca fica entre dirigentes, com notas oficiais em sites, as brigas dos bastidores do futebol não têm nenhum impacto para o mundo real. O torcedor não tem interesse nisso, e o que vale é o jogo. Agora, esse não é mais o cenário enfrentado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Num hipotético caso em que a Ferj teria alguma genuína preocupação com o futebol do Estado e alguma competência para geri-lo, haveria uma grave crise para ser resolvida.
Mas Flamengo e Fluminense são muito maiores que a entidade, e a ideia de subordinação é uma crença cada vez menos aceita pelos dois.
Os Estaduais já não são um grande chamariz de público e patrocínio. O que se viu no último domingo foram imagens que arranham a já débil credibilidade do torneio do Rio.
E dessa vez não foi nota oficial no site, foi algo que nem a Globo, que paga alto pelos direitos de transmissão do torneio, conseguiu disfarçar.
“Acaba, Campeonato Carioca. Acabou”, exclamou Fred, último camisa 9 da seleção em Copa do Mundo.
Considerando o histórico, a grande tendência da Ferj é fechar os olhos e repetir tudo em 2016. Mas talvez esse seja o momento em que isso não vai garantir a sustentabilidade do Campeonato Carioca. Na verdade, pode afundá-lo de vez.
E, por mais estranho que pareça, para o mercado isso pode ser interessante. Mídia, estádios, clubes e patrocinadores devem criar um ambiente mais amigável para todos. Há a clara impressão de que 2015 foi o estopim para os estaduais. Pena ser só uma impressão. Por ora…