Prestes a ter seu contrato de patrocínio com o Vasco, a Champs lamenta a quantidade de empecilhos que encontrou desde que firmou o compromisso. Um dos principais, que ainda incomoda a marca paulista, é o bloqueio de suas contas. A ação foi promovida pela Ministério Público após uma denúncia de lavagem de dinheiro supostamente falsa, assinada por Roberto Dinamite, presidente do clube carioca, e Luiz Américo, vice-presidente jurídico. O imbróglio começou em meados de março. Na ocasião, a denúncia foi feita à Justiça de São Paulo, que tomou as providências cabíveis e congelou as contas da Champs. Logo que foi informada do processo, a empresa comunicou o Vasco, que negou qualquer participação e se dispôs a auxiliar na defesa das acusações. ?Na hora o presidente entrou em contato com o meu [departamento] jurídico, que, com o Luiz Américo, tentou quebrar a denúncia. Isso para totalmente o mercado. Até os bancos ficam receosos quanto ao contrato?, disse Mari Leandrini, proprietária da Champs. Até o momento, a situação não foi desfeita, e complicou as condições financeiras da empresa. A executiva alega, inclusive, que teve de vender uma propriedade em Ilhabela para pagar parte do compromisso assumido com o Vasco. Leandrini, prefere, no entanto, não apontar suspeitos. ?Eu sei que o presidente, e um grupo de dirigentes que sempre me tratou bem, não foi, mas o resto eu já não sei. São documentos montados, e a vontade de quem fez isso não é destruir a Champs, mas destruir o Vasco?, disse a executiva.