O novo acordo de transmissão da Liga dos Campeões na TV fechada no Brasil renderá, para a Uefa, US$ 45 milhões ao ano. Esse é o valor que será pago pelo Esporte Interativo pelo torneio, segundo apurou a Máquina do Esporte com fontes próximas ao negócio.
O valor é o maior já pago pela TV fechada no Brasil pela Liga. E foi um dos motivos que fez com que o EI desbancasse o consórcio ESPN-Sportv, que chegou a oferecer US$ 100 milhões para os três anos de contrato com a Uefa.
A decisão da entidade de ganhar mais dinheiro na TV fechada, mesmo que o parceiro dê menos exposição para o torneio se justifica pelo acordo firmado com a TV aberta.
A partir do ano que vem, o consórcio Band-Globo transmitirá dois jogos por rodada. Ou seja, às terças e quartas haverá a certeza de exposição do torneio no país bom índice de audiência (geralmente por volta de 5 pontos, no mínimo). A tendência é que Barcelona e Real Madrid sejam os “queridinhos” da TV aberta. Os jogos que envolvem as duas equipes são os que asseguram os melhores índices.
A maior dificuldade para a TV fechada, agora, é fazer com o negócio seja rentável. Como haverá mais exposição na TV aberta, a tendência é que os patrocinadores se concentrem lá. O negócio, porém, justifica-se pelo contexto.
O Esporte Interativo precisava ter em sua grade de programação um torneio que permitisse maior poder de barganha com as operadoras de TV fechada para que ele entrasse nas programações, especialmente, de Net e Sky, líderes do mercado.
Assim, gastar mais para ter o principal torneio entre clubes do mundo faz sentido. O “ganho” que a empresa passa a ter é a chance de ampliar a base de assinantes e, assim, no longo prazo ganhar melhores contratos com o aumento da audiência.