Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da Odebrecht, entregou à rádio CBN o que ninguém havia dito até então: a participação do governo do Estado na construção do estádio do Corinthians, que será erguido no bairro de Itaquera, em São Paulo. O Estado irá arcar com R$ 70 milhões da obra.
Na última terça-feira, o Corinthians lançou comunicado oficial afirmando que havia entrado em acordo com a Odebrecht para a construção de seu estádio. Com o valor fixado em R$ 820 milhões, a arena estaria apta para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014.
Esse valor, no entanto, abrange um estádio no padrão exigido pela Fifa com capacidade de 48 mil lugares, número almejado pelo Corinthians, mas rechaçado pela entidade para receber a abertura da Copa do Mundo.
Nesse momento entrará o governo do Estado. Duas arquibancadas provisórias serão armadas atrás dos gols do estádio, onde originalmente ficaria um vão entre o primeiro anel e a cobertura. Pela instalação, manutenção e remoção dessa obra, o Estado pagará os R$ 70 milhões e, dessa maneira, asseguraria a abertura do Mundial em São Paulo.
Ao Uol Esporte, a construtora e Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians, confirmaram a informação. O Estado e a Prefeitura apenas não negaram.
Dessa maneira, fecha-se a participação pública na construção do estádio corintiano. Com apoio federal e com incentivos fiscais da prefeitura, apenas o governo do Estado ainda não havia se manifestado efetivamente para tornar a arena realidade.
A justificativa para o apoio da prefeitura é o desenvolvimento que a construção dará para a zona leste de São Paulo, desprovida de grandes investimentos público e privado. No caso do governo de Estado, a busca é pelo retorno que a abertura dará a toda região. Oficialmente, por outro lado, o local do jogo de estreia ainda não está definido, mesmo com as garantias do estádio do Corinthians.