O Brasil já tem o direito de sediar o Mundial Feminino de Handebol de 2011, mas ainda não conseguiu colocar em prática um plano comercial por entraves impostos pela Federação Internacional de Handebol (IFH, em inglês). Desacostumada a eventos fora da Europa, a entidade ainda não definiu um modelo de negociação, o que impede desde a escolha das sedes da competição até a negociação com empresas interessadas. Esta vai ser apenas a quinta vez que um Mundial da modalidade acontecerá longe do Velho Continente. Em duas oportunidades (Japão em 1997 e Tunísia em 2005), a versão masculina da competição saiu da Europa, e apenas uma entre as mulheres, (Coréia do Sul, em 1990). Até 2011, a China, mais precisamente no fim deste ano, também terá sediado um Mundial Feminino. Mais que uma simples mudança de ares, a ?estreia? vai significar uma nova postura comercial para a IFH, acostumada a assumir as negociações na Europa e relegar os direitos de transmissão à Sportfive. ?Eles não estão acostumados com isso tudo, por isso estamos pedindo algumas alterações. Queremos negociar os direitos de transmissão no Brasil, e mais espaço para marketing de relacionamento nas arenas?, disse Fabiano Redondo, diretor de marketinh da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), em evento de apresentação dos dois novos técnicos das seleções nacionais à imprensa, realizado em São Paulo. Também por isso, a entidade nacional não avança na escolha das cidades-sede. Até o momento, sete cidades de Santa Catarina pleiteiam o posto. Blumenau, Brusque, Florianópolis, São José, Joinville, Itajaí e Jaraguá do Sul disputam um mínimo de quatro vagas, que pode se transformar em sete dependendo de vários fatores. Segundo Redondo, a escolha vai passar pela estrutura de cada um dos locais e a quantidade de aportes que serão feitos por cada Prefeitura. Em março, um caderno de encargos será entregue aos responsáveis, que devem receber a resposta da CBHb e da IFH somente em setembro. A indefinição com a entidade-mor da modalidade, que será dizimada em reunião marcada para abril, ainda emperra os patrocínios. O órgão brasileiro não sabe quais propriedades pode oferecer a possíveis parceiros, que podem, ou não, concorrer com as empresas que tem contrato com a IFH.