A 15 dias do término da Copa do Mundo, a África do Sul já conquistou a Fifa. Neste sábado, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, concedeu entrevista coletiva em Johanesburgo e teceu contundentes elogios ao país. A empolgação do dirigente chegou a ponto de transformar a região em um “plano B” para a entidade no futuro.
“É uma Copa do Mundo perfeita em todos os sentidos. Temos visto aqui uma grande organização, além de todas as expectativas. Talvez, se isso tudo for mantido, seremos capazes de dizer ao término do Mundial que a África do Sul vai ser nosso plano B para qualquer eventualidade no futuro”, enalteceu Valcke.
O dirigente reconheceu que a África do Sul encarou problemas com o sistema de transporte e com segurança durante o evento deste ano, mas exaltou a boa vontade do país para compensar as deficiências nos dois segmentos. Além disso, Valcke usou o fracasso das seleções europeias, que fazem neste ano a pior campanha do continente desde 1986, como argumento para elogiar a Copa.
“Você pode notar que estamos nos desenvolvendo também no futebol. A Europa não é mais o único lugar em que se vê um futebol forte. Também há um futebol forte na Ásia e um futebol muito forte na América do Sul. Os Estados Unidos são outra equipe de muita qualidade”, enumerou o executivo.
Em todas as avaliações sobre a África do Sul neste sábado, Valcke fez elogios ao país e à estrutura da Copa do Mundo. Curiosamente, o microfone que o secretário-geral da Fifa usava na entrevista coletiva parou de funcionar ainda na primeira resposta.
No início de maio, Valcke usou tom absolutamente contrário para falar sobre a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Na época, o dirigente se mostrou preocupado e cobrou ação do país sul-americano: “Não adianta só mandar cartas e projetos e não fazer nada”.
Neste sábado, Valcke comemorou a exclusão do Morumbi do Mundial de 2014 e evitou fazer mais comentários sobre a próxima edição da competição. Em uma das respostas sobre o assunto, o dirigente pediu foco na Copa que está sendo realizada.
“Nós ainda não temos 100% do torneio concluído, mas já atingimos 100% dos nossos objetivos. Demonstramos que esse país é capaz de desenvolver um grande evento e que as pessoas podem nos visitar no futuro porque serão muito bem recebidas”, completou Dany Jordaan, diretor-executivo do comitê organizador local (COL), reforçando o tom da entrevista coletiva.