A Interpol será a responsável por um plano de combate à corrupção no futebol mundial. A criação do projeto é a principal consequência de uma parceria estabelecida entre a polícia internacional e a Fifa, que fará uma doação de 20 milhões de euros (R$ 46,252 milhões) para viabilizar a iniciativa.
Em entrevista coletiva sobre a parceria, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu que o maior temor da entidade é a corrupção associada ao jogo de futebol. O dirigente citou apostas ilegais e manipulações de resultados como ameaças contundentes ao futuro do esporte.
“O risco de acontecer alguma armação é sempre muito grande. Por isso, temos um compromisso de fazer tudo que estiver a nosso alcance para evitar”, disse o mandatário da entidade que gerencia o futebol internacional.
A Fifa já havia implantado um sistema de controle em grandes sites de aposta para tentar mapear tentativas de manipulação de resultados no futebol internacional, mas a medida não teve grande repercussão. Uma das principais explicações para isso é que o trabalho da entidade nesse caso era restrito à Europa, mas há grande concentração desse tipo de ação no continente asiático.
A Interpol montará um programa de fiscalização da corrupção no futebol em “mbito mundial. A polícia fiscalizará serviços e apostas e campeonatos oficiais da modalidade, e terá chancela da Fifa nesse processo.
Com o dinheiro doado pela Fifa, a Interpol abrirá um escritório em Cingapura. Apesar de ter baixos índices de corrupção, o país era um dos centros de uma rede de apostas ilegais que a polícia internacional desmantelou no ano passado.