A Copa do Mundo com a maior presença de países com maioria religiosa islâmica da história causou a primeira “gafe” na relação comercial da Fifa com seus patrocinadores.
No segundo dia do Mundial, o goleiro do Egito, Mohamed El-Shenawy, foi eleito o melhor jogador do duelo contra o Uruguai, que só foi decidido em favor dos uruguaios aos 44 minutos do segundo tempo, num lance de bola parada.
A eleição do craque da partida é uma propriedade da Budweiser, cerveja patrocinadora da Copa do Mundo. Ela é feita, pela primeira vez neste ano, numa parceria da Fifa com o Twitter, que usa a rede social para escolher o vencedor.
O problema é que o troféu ostenta a marca da patrocinadora. Assim, quando foi nomeado craque do jogo, El-Shenawy recusou-se a receber o troféu, já que a religião não permite o consumo de bebida alcoólica. A história foi flagrada por Marwan Ahmed, diretor do site “King Fut”, nos bastidores do estádio de Ecaterimburgo, onde foi realizada a partida.
Após o jogo, El-Shenawy participou da entrevista coletiva ao lado do técnico Hector Cúper. Ele foi nomeado apenas como “Homem do Jogo” ao ser anunciado. Em outras entrevistas até agora, geralmente o nome da Budweiser é citado como oferecedora do prêmio dado ao atleta, como foi com Cristiano Ronaldo, atacante de Portugal.
No domingo, Phillippe Coutinho, brasileiro eleito o melhor do jogo contra a Suíça, teve até mesmo o troféu colocado à sua frente na mesa em que participou da entrevista ao lado do técnico Tite.