Nos últimos dois anos, o mercado de varejo esportivo no Brasil sofreu uma forte retração. Se, no início da década pré-Copa e Olimpíadas, as marcas apostaram forte no varejo, com abertura de novas lojas e vendas em ritmo jamais visto na história, a segunda metade da década não é tão boa assim para o mercado.
Adidas e Nike reviram a estratégia de abertura de lojas no país. Asics e Under Armour também frearam o crescimento.
Na contramão está a rede Decathlon, que cresceu em média 15% ao ano desde 2014 após ter repensado a estratégia no país.
Em vez de ser uma loja com tudo de esporte, a marca passou a focar apenas no praticante. O foco no nicho mostrou-se uma aposta acertada para a marca.
“Não temos mais aquela ideia de ser uma loja com tudo para a pessoa que curta o estilo de vida de esporte. Nosso foco é o atleta. Ele encontrará todo tipo de produto para a prática de esporte em nossas lojas”, afirma Cedric Burel, CEO da empresa.
Outra mudança importante é na estratégia de comunicação da Decathlon. Mundialmente, a marca aboliu a publicidade em mídia tradicional. O foco é levar o consumidor para as lojas.
Isso explica a expansão da rede para São Paulo. Até o ano que vem, três novas unidades serão abertas na capital.
Uma na Marginal Tietê, outra no shopping Anália Franco e a terceira na Av. Paulista, local da sede administrativa da empresa.
“Estamos levando a loja mais próxima das pessoas”, diz Burel.
A primeira “aproximação” se deu com a abertura da unidade nas cercanias do parque Villa-Lobos. Agora, na Paulista, a aposta é o grande fluxo de pessoas. Outra cidade que será “atacada” é Porto Alegre, que também terá nova loja em 2018.