Nenhuma fornecedora de material esportivo estará tão presente no Campeonato Brasileiro deste ano quanto a Umbro. Ao fechar com o Avaí, na última semana, a empresa chegou a sete times da principal divisão do futebol brasileiro. A Adidas, segunda colocada no torneio, terá patrocínio a cinco times nacionais.
Para a marca inglesa, liderar na principal competição do Brasil é especialmente importante pela linha de produtos da companhia. “A Umbro é uma marca genuína do futebol, não há outros esportes. Respira, vive futebol desde o seu princípio”, explicou o gerente de marketing esportivo da companhia, Eduardo Dal Pogetto, em conversa com a Máquina do Esporte.
Atlético-PR, Grêmio, Chapecoense, Cruzeiro, Avaí, Vasco e Bahia vestirão Umbro em 2017. Os três últimos, por sinal, estavam na Série B no último ano e acabaram aumentando a conta da empresa na Séria A deste ano. Especificamente o Avaí, a marca usada era a Fila, que também é licenciada pelo Grupo Dass, junto com a marca inglesa.
O grupo decidiu, no entanto, priorizar o futebol com a Umbro, enquanto a Fila ficará focada em outros esportes, especialmente a corrida de rua e o tênis, que tem ganhado uma série de patrocínios da empresa globalmente.
Agora, a Umbro quer obter os melhores resultados com seus parceiros. O futebol entra como um posicionamento de marca, já que dificilmente o retorno em vendas cobre os investimentos realizados nos clubes. Para isso, conta também com parcerias maiores com cada time.
“Contratos são similares em sua essência, nas contrapartidas, no que nós temos direito, nos royalties. Na parte de comunicação, alguns clubes têm uma verba de marketing conjunta. E com ela que nós conseguimos elaborar um lançamento, como foi no Cruzeiro, ou ações, como a Rádio Umbro, no Grêmio. São ativações que não costumavam ser feitas e que nós queremos ampliar, fazer com mais clubes”, explicou Pogetto.
Para conquistar suas parcerias, a Umbro conta, além da própria marca, com o apelo de sua distribuição. É comum no mercado nacional companhias terem dificuldade nesse segmento, algo que ficou em evidência com a Dryworld no último ano.
“Nós já tivemos até mais clubes, mas não todos na Série A. E nunca tivemos problema com distribuição. A Umbro é licenciada do Grupo Dass, grupo fabril, com fábricas espalhadas pelo Brasil. Isso ajuda na logística e na distribuição”, finalizou Pogetto.