A Fórmula E apresentou na última semana o resultado financeiro de mais um ano fiscal. A categoria de carros elétricos conseguiu uma arrecadação recorde de US$ 150 milhões (cerca de R$ 600 milhões), superando em quase US$ 45 milhões a receita do ano anterior, mas fechou mais uma vez a temporada com prejuízo, com as perdas somando US$ 30 milhões.
Foto: Reprodução / Twitter (@FIAFormulaE)
Esses resultados são reflexo direto de duas decisões tomadas pelos organizadores da categoria na última temporada.
O aumento da arrecadação ainda está relacionado principalmente aos valores pagos pelas cidades para receberem as provas (78% do total), mas, nesta última temporada, a receita com patrocínios começou a crescer, especialmente após o acordo com a Heineken e a venda do title sponsor à ABB.
Outro fator que pesou, dessa vez nas despesas, foi o gasto para o desenvolvimento do novo modelo do carro utilizado nas provas da categoria. O Gen2, agora, tem autonomia para correr uma prova completa. A ideia, com isso, é mostrar o baixo consumo dos carros elétricos. Mas o custo para alcançar esse objetivo e fazê-lo se tornar realidade pesou.
Até agora, a Fórmula E acumula prejuízos anuais desde seu início, na temporada 2014/2015. De acordo com o site britânico SportsPro Media, são US$ 167 milhões em perdas. Os valores, porém, parecem não incomodar o mercado. Recentemente, a Fórmula E fechou acordo com a Arábia Saudita para abrigar provas da categoria pelos próximos dez anos. O valor pago pelos sauditas foi de US$ 260 milhões pelo período.