O acordo da Femsa com o G4, que reúne Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, ainda não foi assinado apesar de já ter sido acertado. Ainda assim, o grupo já começou a trabalhar em outras frentes. Além de buscar patrocínios em outros segmentos (sobretudo bancos e empresas de telefonia), a instituição busca meios de reeditar uma ação chamada ?Lig Gol?. O projeto atual é uma versão mais enxuta de outras duas que foram rascunhadas e acabaram não saindo do papel. Assim como a primeira delas, surgida há dois anos, a proposta do G4 conta com apoio de uma seguradora. O nome da empresa é mantido em sigilo pelo grupo, mas já está praticamente fechado. O ?Lig Gol? é um título de capitalização escritural vendido por telefone. O torcedor liga para um número específico, cadastra seus dados e informa o time de sua preferência. Ele concorre em sorteios de prêmios, e uma parte do valor investido é repassada à equipe que ele escolheu. Na época do primeiro lançamento, que abrangia clubes de todo o país, cada ligação custaria R$ 3,90. A seguradora Sulamérica emitiria os títulos de capitalização e o prêmio máximo seria de R$ 500 mil. Houve uma tentativa de resgate desse projeto há pouco mais de um ano, mas a iniciativa também não andou. Agora, a ideia do G4 é fazer a ação restrita apenas aos participantes do grupo criado neste ano para reunir os rivais paulistas, debater questões de gestão e buscar novas fontes de receita. Ainda em fase inicial de planejamento, o projeto já conta com apoio da TV Record, que ficaria responsável pela transmissão dos sorteios e ofereceria espaço para uma campanha publicitária relacionada a eles. A emissora paulista não tem direitos de transmissão de grandes competições do futebol nacional, e por isso a atração deve ser desvinculada da grade esportiva. A realização do projeto do G4 depende agora de outra negociação. O ?Lig Gol? está sendo pensado em parceria com uma seguradora ligada a um banco que pode patrocinar a entidade. Para lançar a iniciativa, portanto, o grupo precisa selar um acordo com a instituição financeira. Se a ação for confirmada, esse será um novo segmento explorado pelo G4. O grupo surgiu no início deste ano, quando os clubes paulistas viviam momento de diálogo complicado, como forma de aproximar as diretorias. A proposta inicial foi padronizar códigos de conduta entre dirigentes, vender uma imagem de respeito mútuo e buscar receita conjunta. A entidade tem uma meta de obter até R$ 260 milhões com patrocínios em um prazo de cinco anos.