Em setembro do ano passado, diante da possibilidade de perder Leandro Damião para clubes do exterior em um futuro próximo, o Internacional disse que iria montar plano de marketing para mantê-lo no Brasil, a exemplo do que o Santos fez com Neymar. Até agora, entretanto, o projeto ainda não foi finalizado pelo departamento de marketing da equipe gaúcha, e não há previsão para que isso aconteça.
“Não temos previsão porque é um projeto bastante complexo, que para botar na rua demora um pouco. Temos de conversar com os atletas, e cada um deles é contratado sob um modelo diferente. Se fizermos algo assim, teremos de mudar contratos, e pode ser que eles não queiram. Temos que ir com cuidado e habilidade para não naufragarmos”, explica Jorge Avancini, diretor de marketing colorado.
Em termos de uso da imagem de Damião pelo marketing, vale lembrar que o Internacional já a aplica em diversas ações, desde produtos licenciados até campanhas para engajar a torcida. A virtual novidade seria a captação de patrocínios pessoais para o atacante da seleção brasileira, uma forma de ampliar o salário dele e resistir às ofertas europeias que chegam no Rio Grande do Sul de tempos em tempos.
A carreira do jogador, um dos principais do atual elenco colorado, também é administrada pela 9ine, agência de comunicação de Ronaldo, Marcus Buaiz e do grupo publicitário WPP. A empresa acertou com o atleta em novembro passado, dois meses depois que o clube ao qual ele pertence anunciou que iria ajudá-lo a captar patrocínios individuais, e desde então ambas atuam nessa vertente.
Desse modo, Neymar e Santos continuam sendo o único exemplo positivo de captação de aportes pessoais para fazer subir a remuneração no Brasil. O atacante santista, por meio da atuação dos dirigentes alvinegros, conseguiu chegar a cerca de R$ 3 milhões mensais, e propostas de Chelsea e, mais recentemente, Barcelona e Real Madrid foram recusadas pela dupla.