O empate com a Argentina logo na estreia foi o cartão de visitas da Islândia para a Copa do Mundo e, por que não, para o mundo. Menor país a se classificar para o Mundial na história, a Islândia aposta numa boa performance no futebol para poder voltar a ver o setor mais importante de sua economia crescer: o turismo.
Nos primeiros quatro meses de 2018, o turismo na Islândia representou o ingresso de 95 bilhões de coroas islandesas (cerca de R$ 3,3 bilhões). O valor manteve a atividade como o principal segmento da economia local. Por isso, o ministério do turismo do país aposta na Copa do Mundo como meio de promover a Islândia.
“Nós com certeza temos a chance de usar essa atenção em cima de nós para nos promovermos de forma positiva”, afirmou Skapti Orn Olafsson, porta-voz do órgão de turismo, em viagem de jornalistas do exterior para conhecer o país.
A ação na semana que antecedeu a estreia do time na Copa do Mundo foi mais uma criada pelo governo para promover o país. Antes, os islandeses já haviam criado uma promoção para pessoas de todo o mundo se juntarem ao “time Islândia”. Nela, torcedores ganharam viagens para a Islândia para ver a estreia na Copa.
A aposta no turismo vem desde o início da década, quando o país começou a se recuperar da grave crise econômica de 2008 que faliu bancos locais e o obrigou a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para poder recuperar-se financeiramente. Na primeira metade da década, a fama do seriado Game Of Thrones, que tem várias passagens filmadas na Islândia, havia feito o turismo ultrapassar, pela primeira vez, a pesca como atividade econômica mais importante do país.
Em 2016, após o time fazer campanha histórica na Euro, o turismo aumentou. Agora, com a Copa do Mundo, a expectativa é de que os ganhos sejam ainda maiores.