Um prejuízo de até 1 bilhão de euros. Esse é o cálculo mais recente feito por setores da economia italiana após a não-classificação do país para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
As perdas calculadas pelos italianos levam em conta a queda da receita com direitos de transmissão do Mundial, que ainda estavam em aberto, a publicidade que seria feita em torno da participação italiana na competição, e logicamente as vendas de pacotes de turismo e de produtos eletrônicos por conta da Copa.
“Não são apenas as perdas com os direitos de televisão, a venda de produtos ou a queda de publicidade. Há também o impacto nas apostas que as pessoas fariam, nas viagens para a Rússia e até o movimento nos bares e restaurantes em dias de jogos”, afirmou Franco Carraro, senador do partido Forza Italia, que é o mesmo do antigo premiê Silvio Berlusconi, que foi dono do Milan nos últimos 20 anos.
A federação italiana é quem deve deixar de ganhar a maior parte da verba. Só com direitos de TV, patrocínio e premiação, calcula-se que a entidade deixará de ganhar 100 milhões de euros. O mercado publicitário considera uma queda de 1 a 1,5% no investimento sem a Copa.
Outra preocupação do mercado é com uma desvalorização da marca “Itália”. Em 2007, ano seguinte à conquista da Copa na Alemanha, os produtos italianos aumentaram em 10% suas exportações. Com a ausência na Rússia, teme-se que produtos italianos percam força.