A Adidas e a Uefa vão inaugurar em setembro deste ano, no Japão, a primeira megaloja oficial da Liga dos Campeões. O espaço venderá todo tipo de produto relacionado à principal competição de clubes de futebol no Velho Continente, e será a primeira unidade de um projeto que depois deve migrar ao Brasil.
Essa transição, contudo, ainda depende do modelo de negócio da megaloja. Existe uma dúvida sobre o que se fazer com produtos oficiais de clubes que disputam a Liga dos Campeões da Uefa e que não são patrocinados pela Adidas, parceira da entidade e responsável pelo projeto.
O contrato da Adidas com a Uefa dá à empresa a possibilidade de produzir e vender artefatos de clubes que são patrocinados por outras marcas. No entanto, esses produtos devem ter o logotipo da Liga dos Campeões e não podem apresentar a marca da companhia alemã.
Na prática, a Adidas pode vender camisas do Barcelona, que é patrocinado pela Nike, e não inclui o logotipo da concorrente. No entanto, as peças também não podem fazer nenhuma alusão à empresa que patrocina a Uefa.
O dilema que a Adidas precisa resolver para viabilizar a megaloja é exatamente esse. O aparato de grande porte no Japão terá como mote a comercialização de todos os produtos alusivos à Liga dos Campeões. Com isso, vê-se diante de três caminhos: ignorar clubes que não são patrocinados pela marca, vender artefatos sem nenhum logotipo de patrocinador ou comercializar linhas de concorrentes.
“Temos esse lançamento planejado para setembro, e depois faremos uma avaliação durante seis meses. Só então é que vamos saber se devemos continuar investindo nesse modelo de megalojas”, disse Eric Vlieg, gerente-sênior da Uefa∕Adidas.
No Japão, a Adidas já assegurou que Zidane estará presente na inauguração da loja. A empresa ainda tenta levar outros nomes de peso, como o também francês Michel Platini, ex-jogador e atual presidente da Uefa.
“A ideia é que esse espaço tenha tudo que um consumidor puder desejar sobre a Liga dos Campeões da Uefa. A competição é uma grande marca, que chama atenção de todo mundo, e nós queremos aproveitar isso”, completou Vlieg.
Se a megaloja funcionar, a Adidas já tem planos para expansão do modelo. A ideia da empresa é levar o modelo para o Brasil e para a América do Norte em um futuro próximo.