Terminada no último fim de semana a segunda edição da Liga de Basquete Feminino (LBF), com vitória de Americana sobre Ourinhos na decisão, dirigentes começam a trabalhar para acrescentar mais equipes ao campeonato para a próxima temporada. E a primeira a demonstrar interesse em voltar é a Associação de Basquete Feminino (ABF) de Joinville, neste momento à procura de patrocinadores.
O time catarinense participou da primeira temporada da LBF, em 2010/2011, mas teve de deixar a competição por não ter verba suficiente para sustentar uma equipe profissional. Altair Nasário, presidente à época, deixou o cargo para concorrer a vereador e foi substituído por Iginio Campregher, novo principal responsável por conseguir empresas que financiem o retorno do Joinville ao basquete feminino.
Para montar um elenco competitivo, com possibilidade clara de ficar entre os quatro primeiros colocados do campeonato, o dirigente prevê a necessidade de conseguir cerca de R$ 70 mil mensais. Com a metade disso, R$ 35 mil mensais, de acordo com ele, já é possível contratar uma equipe menos qualificada, porém suficiente para participar do principal torneio de basquete feminino do país na atualidade.
“Nós já temos algumas coisas em vista, estamos dependendo de contatos para ver se conseguimos fazer algo. Hoje teríamos que ter o investimento de alguma empresa, e não está fácil, mas também só precisamos pagar pelos salários das atletas, porque a liga subsidia passagens, estadias, como aconteceu na última participação. Estamos analisando a situação”, afirma Campregher, presidente da ABF.
Um dos pontos que anima o mandatário é Joinville, cujo crescimento econômico tem servido como base para modalidades esportivas. Na cidade, o time de futebol subiu à segunda divisão nacional, enquanto futebol de salão e basquete masculino têm equipes que integram as respectivas elites no país. Ainda há, segundo ele, restrições ao basquete feminino, mas a expectativa é que elas sejam revertidas.
“O Sportv deu uma assistência muito importante para a liga, e esse ano foi melhor do que o ano passado, então estamos apostando bastante nisso”, completa o presidente. Para retornar à LBF, a vantagem de Joinville é que a associação já possui franquia, mas a volta ainda terá de ser aprovada em congresso técnico, a ser organizado pela entidade nos próximos meses. Até lá, precisa-se de patrocinador.