O presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, é o novo alvo de polêmica envolvendo a escolha de Rússia e Qatar como os países que vão sediar a Copa do Mundo de futebol em 2018 e 2022. Ele foi denunciado pelo periódico “The Wall Street Journal” nesta segunda-feira, mas respondeu ironizando a publicação.
Segundo o jornal, Grondona teria sido subornado para escolher o Qatar como sede do Mundial de 2022. A revelação foi feita ao diário por um ex-funcionário do projeto do país do Oriente Médio, e envolveria um aporte de R$ 131,7 milhões à AFA.
O periódico ainda disse que outros membros do comitê executivo da Fifa foram interpelados por responsáveis pela candidatura do Qatar com propostas semelhantes. Apenas 22 votantes definiram o destino das Copas de 2018 e 2022.
“Isso é uma invenção. Eles são especialistas nesse tipo de coisa. A votação foi feita com total seriedade, mas a Fifa é poderosa e o ciúme prejudica os homens que estão à frente”, declarou Grondona nesta segunda-feira.
Na semana passada, o dirigente já havia negado, em entrevista ao próprio “The Wall Street Journal”, qualquer envolvimento com suborno. A entrevista foi feita em Zurique, onde as sedes das Copas foram anunciadas.
Outras denúncias sobre corrupção na escolha foram feitas nesta segunda-feira. O jornal brit”nico “Daily Mail” disse que Andy Anson, dirigente da candidatura inglesa, teria afirmado que ao menos 13 dos eleitores poderiam ser comprados. O australiano “Sidney Morning Herald”, por sua vez, publicou irregularidades envolvendo a escolha de Reynald Temarii.
A eleição da Fifa já havia passado por outras polêmicas antes disso. A entidade chegou a afastar dois dos membros do comitê administrativo que fariam parte do pleito.