Joseph Blatter surpreendeu o mundo do futebol ao afirmar nesta sexta-feira (26), na Suíça, que não renunciou à Fifa. A declaração do dirigente aconteceu durante um evento relacionado às obras da construção do museu da entidade, cuja inauguração está prevista para 2016.
O presidente da Fifa rechaçou o verbo renunciar e disse que a próxima eleição será apenas para decidir seu sucessor e esclareceu que não será um dos concorrentes.
Esta foi a primeira aparição pública de Blatter após a coletiva do dia 2 de junho, quando o suíço de 79 anos disse que deixaria a presidência da Fifa após novas eleições convocadas para o período entre dezembro e março do ano que vem.
Os primeiros rumores de que a renúncia teria sido apenas uma manobra para apaziguar os ânimos após a deflagração do escândalo de corrupção surgiram há duas semanas, quando o assessor de Blatter, Klaus Stoehlker, disse em entrevista à Sky News que a saída do cargo só seria efetivada caso aparecesse “um candidato à altura”.
Blatter, inclusive, teria contratado uma equipe de advogados para iniciar os processos que venham a surgir em decorrência das investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que já levaram 18 pessoas à prisão, entre elas José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O único opositor de Blatter nas eleições foi o príncipe Ali Bin Al Hussein, que desistiu de buscar a presidência da Fifa antes da segunda rodada de votos. O suíço teve o apoio de 133 federações, contra 73 do jordano. O português Luis Figo e o holandês Michael Van Praag retiraram suas candidaturas antes do pleito.