O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, foi condenado a quatro anos de prisão pela Justiça dos Estados Unidos. O brasileiro já estava detido desde o fim de 2017, quando foi considerado culpado nas acusações de recebimento de propina em vendas de direitos televisivos.
Marin também terá que pagar multa pelos crimes praticados. O brasileiro terá que arcar com US$ 1,2 milhão, cerca de R$ 5 milhões, à Justiça americana. O ex-dirigente ainda teve US$ 3,35 milhões confiscados. Em novembro, serão discutidos os valores que ele terá que devolver à Fifa e à Conmebol.
A tentativa da defesa de Marin, agora, é reduzir a sentença. Conta para isso com o tempo em que ele já esteve preso, além de bom comportamento. Ajuda também a idade avançada do ex-dirigente, que já está com 86 anos. A decisão, no entanto, já esteve abaixo da sentença sugerida no primeiro momento, de dez anos de prisão.
Em dezembro de 2017, José Maria Marin foi considerado culpado em seis das sete acusações que sofria nos Estados Unidos, o que incluiu organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro. Na época, foi condenado também o ex-presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, por crimes semelhantes.
Segundo a Justiça dos Estados Unidos, Marin recebeu US$ 6,5 milhões, mais de R$ 25 milhões pela cotação atual, em propinas de agências de marketing esportivo nas negociações por direitos de transmissão de torneios da América do Sul.