Garotos com pouco tempo de carreira, como o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar, transformaram-se em unanimidades nacionais. Robinho, grande ídolo da história recente, voltou ao clube por empréstimo. O Santos se transformou no time mais badalado do futebol brasileiro no primeiro semestre de 2010, e isso criou dificuldades operacionais até mesmo para seus parceiros. Na Umbro, por exemplo, a ascensão do Santos complicou o esquema de vendas. Camisas oficiais sumiram das prateleiras e até o fornecimento de material esportivo para o clube passou a sofrer problemas. Nos três primeiros meses do ano, a equipe alvinegra teve um incremento de 84% nas vendas de camisas oficiais ? no total da linha, o aumento foi de 53%. O volume de peças comercializadas impediu o Santos até de adotar numeração fixa. O atacante Neymar, por exemplo, vinha usando a camisa 17 no início da temporada. No entanto, não podia manter esse uniforme se modelos com esse número não chegavam às lojas. Tudo isso chegou a desgastar a relação entre Santos e Umbro ? o contrato vigente vai até o fim de 2011. Por conta disso, a fabricante de material esportivo admite que precisou fazer adaptações em seu planejamento para conseguir atender o clube. ?O Santos tem uma gestão moderna, que está fazendo tudo certo, com atletas importantes e resultados significativos, como o título estadual e a classificação para a decisão da Copa do Brasil. Tudo isso criou um cenário de surpresa positiva. A demanda foi maior que a oferta, mas nós estamos trabalhando para abastecer o mercado?, explicou Sylvio Teixeira, diretor-geral da Umbro no Brasil. Atualmente, a Umbro trabalha para regularizar a entrega de material do Santos às lojas. A ascensão das vendas relacionadas à equipe ajudou a empresa a faturar no primeiro semestre de 2010 40% a mais do que no mesmo período do ano passado. Depois de uma temporada de estagnação, a meta da companhia é crescer 20% até o fim deste ano.