Novak Djokovic está atraindo boa parte dos holofotes dentro e fora das quadras do Australian Open, primeiro Grand Slam do ano no tênis. Além de estar nas manchetes por voltar às quadras após seis meses contundido e ter sido notícia também por trocar de marca de calçado, a Adidas pela Asics, agora o sérvio é o personagem principal dos bastidores das premiações no tênis.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o ex-número 1 do mundo teria usado uma reunião entre jogadores do circuito da ATP para que todos se unissem em busca de maiores premiações no esporte. A reunião ocorreu na última sexta-feira (12) e é a única do ano em que, teoricamente, todos os jogadores precisam marcar presença.
Segundo a publicação, Djoko teria feito um longo discurso, no qual enfatizou o fato de que os tenistas ainda não são pagos de maneira suficiente, quando comparados com estrelas mundiais que atuam em outros esportes. O sérvio teria insistido para que os jogadores ficassem e ouvissem o que ele tinha para falar até o final.
Djoko não confirmou nem desmentiu as informações. Quem se pronunciou sobre o assunto foi Kevin Anderson, atual número 12 do mundo e vice-campeão do US Open, que é vice-presidente do conselho de jogadores. O sul-africano minimizou o assunto em entrevista a outro jornal britânico, o The Guardian, mas enfatizou a importância dos aumentos recentes nos valores das premiações que ajudaram a aliviar a disparidade nos diferentes níveis do esporte.
“Acho que o sucesso deve ser recompensado e é, mas também acho que todos querem dar um empurrão para tornar o tênis o mais atraente possível. Hoje em dia, se você é Top 100, está tendo uma boa vida, enquanto que antes não era assim. Talvez queiramos que isso seja estendido para o Top 150, Top 200 e assim por diante”, afirmou Anderson.
Em outubro, os próprios organizadores do Australian Open haviam anunciado um aumento de 10% no total das premiações para a edição de 2018 do torneio. O valor, que era de 50 milhões de dólares australianos (quase 32,5 milhões de euros) subiu para 55 milhões de dólares australianos (quase 35,8 milhões de euros).
Na mesma reunião da última sexta-feira (12), os organizadores falaram aos jogadores que pretendem chegar a 100 milhões de dólares australianos (quase 65 milhões de euros) em cinco ou seis anos.
Em 2017, os outros três Grand Slams também tiveram premiações recordes. O US Open alcançou o topo de toda a história do tênis ao distribuir quase 41,1 milhões de euros. A premiação total em Wimbledon foi de 35,3 milhões de euros, enquanto Roland Garros pagou 36 milhões de euros.
Campeão de 68 torneios na carreira, sendo 12 Grand Slams, Djokovic é o segundo jogador que mais ganhou dinheiro com premiações na história do tênis. O sérvio acumula mais de 109,8 milhões de euros apenas com suas performances dentro das quadras.
Até outubro do ano passado, Djoko liderava a lista, mas, por ter ficado muito tempo sem jogar, foi ultrapassado pelo suíço Roger Federer, que atualmente contabiliza quase 111,9 milhões de euros em premiações.