Esta é uma das perguntas que dificilmente são respondidas assertivamente pelas empresas: o que será feito depois que o apito final da Copa do Mundo soar, em 12 de julho, no Maracanã? A Nike já sabe a resposta. Cristian Corsi, presidente da filial brasileira da fabricante de materiais esportivos americana, revelou no encontro com jornalistas realizado na última terça-feira (1º) que as mulheres serão o foco da companhia depois do término da competição.
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“A prática de esportes entre mulheres é a que mais cresce, não só em frequência em academias, mas em atividades como a corrida de rua. Nós já paparicamos demais os homens”, contou o executivo. Já existem várias coleções da marca voltadas para o público feminino, mas a ideia é que elas sejam engajadas com ações de marketing feitas para elas.
As garotas ainda representam uma parte pequena dos negócios da Nike em nível global, mas apresentaram um aumento considerável nos últimos anos. Em 2010, o faturamento da divisão de roupas femininas para treinamento foi de US$ 739 milhões, um número que cresceu para US$ 842 milhões em 2011 e chegou a US$ 1 bilhão nos anos de 2012 e 2013.
É bastante dinheiro, sem dúvida, mas corresponde a apenas 5% do faturamento total do grupo com produtos que levam a marca da Nike. As roupas masculinas para treinamento, em contrapartida, geraram US$ 2,3 bilhões em 2013, mais do que o dobro, e equivaleram a 11% da receita, segundo os balanços financeiros da companhia.