Lançado na última segunda-feira, em São Paulo, o título de capitalização É Gol, criado Caixa Capitalização e promovido pela TV Record, já tem acerto com 28 times. O grupo ainda deve crescer nas próximas horas, quando o Flamengo oficializar adesão. Com um projeto para abarcar o maior número possível de equipes, a organização do projeto só vê um grande empecilho: o Corinthians.
O problema é que o Corinthians já tem um título de capitalização próprio, criado em parceria com a Sul-América. Para deixar o projeto, o time alvinegro teria de pagar uma multa de R$ 2 milhões pela quebra de contrato.
Esse valor afasta o Corinthians do projeto da Caixa Capitalização e da Record. Como o Cruzeiro assinou na última segunda-feira e o Flamengo já tem um acerto verbal, o É Gol só tem negociações em andamento com três equipes grandes: Botafogo, Fluminense e Grêmio.
Há dois motivos para o É Gol ter conseguido, antes mesmo do lançamento oficial, um grupo tão grande de equipes: a parceria com um grupo de mídia e o fato de o projeto não oferecer risco para os clubes.
Todas as despesas de produção dos títulos, distribuição e premiação serão custeadas pela Caixa Capitalização. O grupo estima uma necessidade de venda de cerca de 250 mil títulos para zerar os custos da operação.
Caso esse total não seja atingido, a Caixa Capitalização assumirá os prejuízos. Em contrapartida, os times têm uma participação sobre títulos vendidos – eles podem resgatar 50% do valor de cada papel.
Com esse modelo de risco baixo e parceria com a mídia, até o Corinthians se interessou pelo projeto. O título de capitalização do clube com a Sul-América não tem um esquema de divulgação tão intenso, enfrenta problemas na distribuição e ainda não conseguiu atingir os resultados projetados pela diretoria alvinegra. O problema é que a multa vincula a equipe a esse plano.