Entre os jogadores convocados ou os que foram alijados da seleção brasileira que disputa a Copa do Mundo de 2010, nenhum é mais citado na África do Sul do que ele. No país-sede da competição, toda descoberta sobre sua origem brasileira precede uma conversa sobre Ronaldinho Gaúcho. A presença do atleta do Milan na região é tão forte que ele chegou a ser usado em uma entrevista coletiva da Coca-Cola, a despeito de ser patrocinado pela Pepsi.
A Coca-Cola promoveu evento em Pretória no último sábado para divulgar a decisão de um torneio que a empresa realiza com crianças. A competição integra um acampamento da companhia, que reúne 19 países (alguns participam apenas de clínicas de futebol ou só da parte recreativa, como é o caso do Brasil).
Enquanto seus diretores falavam sobre o campeonato e a import”ncia do trabalho com crianças em uma sala de entrevistas coletivas montada na Universidade de Pretória, telas na lateral do recinto mostravam Ronaldinho Gaúcho criança, com uniforme do Grêmio estampando patrocínio da Coca-Cola e uma bola nos pés.
A imagem serviu apenas para ilustrar o tema (o fomento da prática do futebol entre crianças), mas chamou atenção por Ronaldinho Gaúcho ser patrocinado pela maior rival da Coca-Cola. O camisa 80 do Milan integra o time de atletas apoiados pela Pepsi desde 1999, quando começou sua trajetória na seleção brasileira principal.
Além de Ronaldinho Gaúcho, a Coca-Cola aproveitou o evento de sábado para enaltecer Bebeto. Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, o ex-atacante esteve em Pretória para conceder entrevista coletiva, conversar com garotos do acampamento e tirar fotos com as delegações de cada um dos países.
Essa escolha da Coca-Cola tem relação com a campanha global da marca. A comunicação da empresa para a Copa é alicerçada na festa que os jogadores fazem quando comemoram gols, e Bebeto é lembrado por feito um gesto de embalar um bebê no jogo entre Brasil e Holanda, válido pelo Mundial de 1994.
“Foi um gol que me marcou muito e que foi para o meu filho Matheus. Acho que ficou marcado por isso: foi uma coisa com muito amor, espont”nea e que não tinha sido combinada. Quando o Mazinho e o Romário me viram fazendo aquele gesto, foram junto comigo”, relatou Bebeto.