Os clubes brasileiros têm obtido sucesso na diversificação de receitas. Segundo levantamento realizado pela consultoria Crowe Horwath RCS, entre 2007 e 2009, o faturamento combinado das principais equipes do Brasil cresceu 21%. Caso a comercialização de jogadores não seja considerada, entretanto, o crescimento foi de 56%. “É um movimento muito forte para ter mais fontes de receita, seja em patrocínios, bilheteria ou sócio-torcedor”, explica o diretor de futebol da consultoria, Amir Somoggi. “Isso é muito bom para prevenir sustos com vendas de jogadores, que sempre têm altos e baixos”. Para ilustrar esses números, o Internacional desponta como um dos melhores exemplos no país. Apesar de possuir sua base de torcedores concentrada no Estado do Rio Grande do Sul, o clube possui a segunda maior receita, com R$ 176,2 milhões arrecadados em 2009. À frente dos gaúchos, somente o Corinthians, com R$ 181 milhões. É necessário ressaltar que, no caso dos paulistas, o mercado em potencial para que receitas sejam diversificadas é muito maior, dada a abrangência nacional, maior exposição na mídia, número de torcedores, entre outros fatores. Completam a lista dos cinco primeiros o São Paulo, com R$ 174,8 milhões, o Palmeiras, R$ 125 milhões, e Cruzeiro, R$ 121,3 milhões. O bom desempenho dos mineiros pode ser enfatizado seguindo os mesmos par”metros adotados com o Internacional. Como comparação entre rivais, o Grêmio está na 7ª colocação, com R$ 110,9 milhões arrecadados no ano passado, cerca de R$ 76 milhões abaixo do Internacional. O Atlético-MG, na décima, com R$ 66,1 milhões, angariou aproximadamente R$ 55 milhões a menos do que o Cruzeiro – quase a metade.