No ano passado, São Paulo pleiteava sediar uma etapa da Copa Davis de tênis. No entanto, como não havia nenhuma quadra pronta para sediar o evento, a ideia era adaptar o sambódromo, que também acolheu parte do circuito da Fórmula Indy na cidade. Os jogos do Brasil no torneio foram realizados em Bauru, e isso escancarou a deficiência de estrutura da capital paulista. Agora, graças ao Ibirapuera, isso mudou.
O complexo esportivo, que está sendo reformado, tem reinauguração prevista para o dia 22 de maio, quando será realizado um meeting de atletismo. A obra custou um total de R$ 30 milhões, e uma das intervenções foi preparar o ginásio para receber partidas de tênis.
Antes mesmo de o aparato ser reaberto, autoridades paulistas, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e a agência Koch Tavares confirmaram nesta semana que o Ibirapuera vai receber, em novembro deste ano, o ATP Challenger Tour Finals, evento criado em 2011.
O torneio será realizado em novembro, com presenças dos sete melhores tenistas do ranking mundial de torneios challenger. Uma oitava vaga será preenchida por um convidado oriundo do país-sede, e a única restrição é que ele não pode figurar entre os dez melhores do ranking da ATP.
Uma das principais funções do evento será mostrar à ATP que o Ibirapuera tem condições de sediar eventos de grande porte. “Nós já tivemos outras possibilidades em termos de eventos, mas um dos problemas é que não havia uma estrutura para isso”, reconheceu Jorge Pagura, secretário de Esportes da cidade de São Paulo.
“Com o Ibirapuera, nosso leque muda completamente. Nós poderemos voltar a fazer grandes eventos lá, coisa que já aconteceu no passado, mas que ficou inviável depois. E São Paulo é uma cidade com potencial para receber atrações de grande porte”, completou Luis Felipe Tavares, presidente da Koch Tavares.
Uma das possibilidades é que o Brasil Open, atualmente realizado na Costa do Sauípe, migre para São Paulo em um futuro próximo. O contrato do evento com o resort baiano é renovado anualmente.
O principal entrave para isso é que o evento na Costa do Sauípe já está consolidado. Portanto, é fundamental que exista um projeto paralelo para não desperdiçar as vantagens do local.
Sauípe tem como principal vantagem o potencial para ações de relacionamento. Contudo, São Paulo é um local mais propício para negócios, e a exposição da capital paulista tem potencial para atrair mais patrocinadores.
“São Paulo é a maior cidade da América Latina. É um local que tem potencial de receber o Brasil Open, sim, mas com outro enfoque. O Sauípe é um lugar único, que nos oferece uma plataforma de relacionamento especial. Todo mundo adora o torneio lá, e nós não podemos ignorar isso”, finalizou Tavares.