A Sony estipulou uma meta ousada para o mercado brasileiro: crescer ao menos 50% nos próximos dois anos. Para isso, montou uma estratégia baseada em dois fatores: o futebol e as pesquisas.
O futebol aparece na estratégia da empresa por um motivo óbvio. A Sony é uma das seis parceiras Fifa, principal categoria de associação à entidade. Isso fará da companhia a patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014 no segmento de eletroeletrônicos.
Para isso, a Sony montou um time de embaixadores no futebol. A empresa seguirá usando como garoto-propaganda o apresentador Rodrigo Faro, da TV Record, mas contratou também o jornalista esportivo Benjamim Back e o ex-jogador Bebeto, tetracampeão mundial com a seleção brasileira. Zico, outro ídolo da equipe nacional, será outro parceiro da marca, mas com um foco maior em ações educativas e sociais.
Além dos embaixadores, o futebol aparecerá em campanhas de mídias e em ações de comunicação da Sony até o ano que vem. Lançamentos de produtos e pontos de venda, por exemplo, terão forte presença da modalidade.
Isso já começou a aparecer na Copa das Confederações deste ano. A Sony vai promover churrascos em condomínios de Rio de Janeiro e São Paulo durante os jogos da seleção brasileira no torneio.
Os churrascos são precedidos por apresentações sobre a marca, e o jogo é transmitido em TVs da empresa. A proposta da Sony é criar um ambiente festivo para facilitar a interação direta com consumidores.
Outra ideia da Sony na ação é fazer o consumidor testar e conhecer produtos da marca. Isso complementará as pesquisas que têm norteado a estratégia da empresa no Brasil. A Sony esteve em mais de 500 lares do país e fez entrevistas com 15 mil pessoas nos últimos três anos.
Uma das primeiras inovações decorrentes dessas pesquisas é o “modo torcida”, botão que a Sony inseriu em home theaters. O aparato eleva o áudio oriundo das arquibancadas. Pressionado novamente, retira o som de narradores e comentaristas.
Até o término do ano-fiscal 2014, a Sony pretende investir R$ 500 milhões no Brasil.