Criada em 2018 como uma experiência de segunda tela para atrair um público mais jovem para a final da Copa Continental do Brasil, a plataforma #GoLive vai virar o novo produto da competição a partir de 2020. Pelo menos isso é o que espera a Klefer, gestora comercial do torneio, após os resultados obtidos com a plataforma após o segundo ano seguido de experiência.
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Após alcançar 130 mil torcedores no ano de estreia, a GoLive chegou a 3 milhões de visualizações nas finais da Copa do Brasil de 2019. Com exceção das transmissões de jogos ao vivo, foi a maior audiência em “lives” do futebol nacional no ano.
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“A gente ficou muito satisfeito com os números. Para a final, tivemos a exclusividade de transmissão com o Facebook, o que fez com que o projeto impulsionasse muito mais. O alcance foi muito bom, e os feedbacks de todos os envolvidos também foi ótimo. Criamos um produto híbrido, que ultrapassou a experiência de segunda tela”, contou Gustavo Andrade, gerente de marketing da Klefer, gestora da Copa do Brasil, em entrevista exclusiva para a Máquina do Esporte.
O executivo acredita que, agora, o passo natural do projeto é crescer ainda mais em 2020 e atrair patrocinadores, a exemplo do que aconteceu com a premiação de “craque do jogo”, que foi lançada por iniciativa própria da Klefer em 2016 e atualmente é um produto comercializado com a casa de apostas Bodog.
“Nós costumamos lançar a semente no primeiro ano, encorpar no segundo e depois fazer isso como um produto. O ‘craque do jogo’ hoje está assim. Ele é um produto formatado e pronto para entrar o patrocinador”, explicou Andrade.
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Com o #GoLive, o segundo ano já conseguiu atrair patrocínios e deu uma nova cara para o programa. Se, em 2018, a ideia foi aproximar a Copa do Brasil da plataforma de streaming Twitch, que tem majoritariamente o público adolescente, neste ano o projeto alcançou um novo patamar indo para dentro do Facebook.
“Queríamos fazer um produto que tivesse um formato que ficasse entre a TV e a internet, mirando o que seria o adolescente. Mas no fim a gente criou um programa que manteve a qualidade da TV com a linguagem e o jeito da internet, e acabou mudando um pouco o perfil de quem consome”, afirmou Marcella Tobelem, sócia da agência SP2, responsável pela gestão do projeto #GoLive.
Mais encorpado, o programa da final teve quase 6h de duração, com 12 câmeras ao vivo. Atingiu um público entre 20 e 25 anos de idade e teve patrocínios pontuais de Lupo e Domino’s. Em 2020, a meta é ampliar o alcance e, claro, os parceiros.