A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o presidente da Federação de Futebol do DF, Daniel Vasconcelos, o ex-jogador e empresário Roni, e outras cinco pessoas em Brasília, Luziânia e Goiânia por conta de uma investigação de um esquema de fraude de borderôs financeiros de jogos que tiveram mandos comprados pela Roni7, empresa do ex-jogador, que atuou em diversos clubes brasileiros, com destaque para Fluminense e Santos, e que chegou também a jogar pela seleção brasileira.
A prisão ocorreu durante o jogo entre Botafogo e Palmeiras, que foi realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último sábado (25). Essa foi mais uma das partidas em que Roni pagou para um clube entregar a ele os direitos de comercialização da partida.
Na investigação da polícia, suspeita-se que a Roni7, em parceria com outras entidades, entre elas a Federação de Futebol do DF, tenham fraudado os borderôs financeiros, divulgando um público abaixo do que o realmente presente ao estádio. Com isso, o custo de aluguel do estádio, além do imposto a ser pago pela venda de bilhetes, seriam menores.
Em julho de 2017, o Ministério Público do Distrito Federal pediu para abrir inquérito contra a Federação estimando que R$ 350 mil em impostos deixaram de ser repassados entre novembro de 2015 e junho de 2017 nos jogos no Mané Garrincha. Com a apuração que começou a ser feita, porém, os investigadores acreditam que outros jogos organizados pela Roni7 tenham fraudado números dos borderôs. Assim, pode-se apurar nacionalmente o esquema de fraude de bilhetes.
Além de Roni e Vasconcelos, foram presos o sócio do ex-jogador e um funcionário da Secretaria de Esporte do DF. Na noite deste domingo (26), os sete suspeitos foram soltos, pois cumpriam apenas prisões temporárias. As investigações continuam.