O conturbado momento político que atravessa o Sport adiou por tempo indeterminado o lançamento do novo programa de sócio-torcedor rubro-negro, que entraria em vigor até o fim deste ano. O clube já estava apalavrado com a Unique, do Grupo BWA, para levar o projeto adiante, mas esbarrou em uma corrente interna que se manifestou contra a terceirização do programa. Atualmente, o Sport conta com sete mil sócios ativos. A meta, com a criação do programa de sócio-torcedor, era ampliar esse universo para 40 mil associados. ?Esse momento do clube, talvez, tenha feito com o que o presidente achasse melhor esperar para lançar o programa. Há uma corrente aqui que acha melhor levar o projeto apenas com os recursos que nós temos, mas aí fica difícil?, afirma Carlos Frederico, vice-presidente de marketing do time pernambucano. No fim de julho, o Sport, inclusive, lançou uma campanha para que a torcida escolhesse o nome do projeto, que acabou não vingando. Agora, não há previsão para que a ação seja retomada. ?O assunto já foi muito esmiuçado. Não tenho poder de decisão de quando e como fazer. Cabe agora aos gestores do clube voltarem ao tema. O que temos agora são apenas esboços e projetos, mas nada efetivo?, completa Frederico. A parte inicial da campanha de sócio-torcedor custaria R$ 300 mil. O montante seria usado, principalmente, para a reforma da infraestrutura dessa área. Na penúltima colocação no Campeonato Brasileiro, o Sport enfrentou a demissão coletiva da diretoria de futebol no mês de agosto, quando Álvaro Figueira, Guilherme Beltrão, Fred Borba e Augusto Carreras deixaram seus cargos. A crise, no entanto, não deve ter impacto no novo lançamento da agremiação: a camisa preta, que chegou às lojas na última quarta-feira. Segundo o vice-presidente de marketing, a previsão é de que sejam comercializadas cinco mil peças em setembro. ?Pelo movimento do mercado, achamos possível cumprir essa meta?, conclui o executivo, lembrando que a estreia do novo modelo deverá acontecer na partida contra o Grêmio, em outubro.