A permanência de Joseph Blatter à frente da Fifa ganhou mais um adversário público nesta semana. Dessa vez, Mohamed bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol, disse à “Associated Press” que o atual mandatário não deve continuar no cargo.
“Todo mundo está nos acusando de corrupção hoje em dia, talvez, porque as pessoas veem que o senhor Blatter está há muito tempo na Fifa”, afirmou o dirigente de 74 anos, que não confirmou, entretanto, se está interessado em se candidatar ao posto.
“Não interessa o quão limpo, honesto ou correto você é, as pessoas ainda vão te atacar, porque 35 anos em uma organização é tempo demais”, completou bin Hammam. “Você estará indefensável, e é por isso que eu creio que a mudança é o melhor”.
As acusações de corrupção citadas pelo dirigente estão ligadas à expulsão de dois executivos da Fifa no fim de 2010, quando foram flagrados pela imprensa internacional tentando vender os votos para decisão das sedes das edições de 2018 e 2022 da Copa do Mundo.
Blatter é presidente da Fifa desde o término da Copa do Mundo de 1998, na França. Antes disso, o dirigente foi secretário geral da entidade e braço direito de João Havelange durante quase todo o período do brasileiro à frente da Fifa (entre 1974 e 1998).