O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, se manifestou publicamente contra o atual desequilíbrio entre os times mais ricos e os mais pobres da Europa. A fim de tornar os torneios do continente mais equilibrados, o dirigente esloveno sugeriu uma medida drástica para resolver o problema: impor um limite nos gastos com salário de atleta.
Ceferin se manifestou sobre o assunto em uma revista da capital de país, a Eslovênia, chamada Mladina. Seu principal argumento é que apenas os clubes mais ricos têm conseguido aumentar o faturamento, o que deixa a diferença para o resto dos times cada vez maior.
“A adoção de um teto salarial irá obrigar os clubes a serem mais racionais. Será uma grande batalha, e vencê-la, em minha opinião, representaria uma mudança histórica”, afirmou o dirigente para a publicação europeia.
Apesar de levantar a discussão, Ceferin deixou claro que se trata apenas de uma possibilidade no momento. O dirigente foi bem ameno ao se referir à questão: “No futuro, teremos que cogitar seriamente a possibilidade de limitar os orçamentos dos clubes para os salários dos jogadores”.
Os dados de receita sustentam a preocupação de Ceferin. Segundo a consultoria Deloitte, o Manchester United é o time mais rico do mundo, com faturamento de € 689 milhões. O valor é mais que o dobro do décimo colocado, a Juventus. O time, o mais rico da Itália, arrecadou € 341 milhões na temporada 2015/2016.