Há alguns anos, os programas de sócio-torcedor se transformaram em prioridade entre os clubes brasileiros. Especificamente neste ano, o futebol paulista teve um grande salto na área. Segundo o Movimento por um Futebol Melhor, Corinthians, Palmeiras e São Paulo têm quase 280 mil associados. E os três demonstraram nos últimos dias que querem mais do que isso.
O caso mais radical foi o do São Paulo. Após quatro meses de planejamento, a diretoria do clube anunciou a reformulação do atual modelo. O objetivo é claro: passar dos 55 mil associados de hoje para 100 mil até o fim do ano.
A grande diferença do modelo que será oficializado no próximo dia 15 está no pacote oferecido ao sócio. “Vamos passar uma série de experiências aos torcedores. Desde entrada em campo com o time até hospedagem no Morumbi”, exemplificou o vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo, Douglas Schwartzmann.
Os prêmios serão gerados de forma mais tradicional, com frequência aos jogos, e também pelo consumo dentro do Morumbi. O tíquete será um cartão pré-pago que poderá ser usado em compras ou em viagens com o time. Haverá até uma moeda própria, chamada de “Tricolor”, equivalente a R$ 5.
Os rivais Corinthians e Palmeiras não foram tão radicais nas mudanças, mas se ajustaram para ganhar mais. O time do Parque São Jorge pôde ver o resultado imediatamente. Há uma semana, o clube lançou mais dois planos: um para quem adquirir cadeira cativa na Arena e outro popular, de R$ 9 mensais, para quem pouco frequenta o estádio. Em poucos dias, foram 6 mil novos associados e o clube passou a barreira dos 100 mil sócios-torcedores.
O Palmeiras foi o mais sutil. O clube, que somente neste ano ganhou quase 60 mil sócios, resolveu alterar a precificação do programa Avanti. O clube extinguiu um dos planos mais caros, mas subiu o preço em todos os outros. Oficialmente, a justificativa é que o programa não sofria reajuste havia três anos. Além disso, ele foi adaptado ao Allianz Parque, já que antes a equipe atuava no Pacaembu.